Realismo nominal
- Nathália - Educa
- 4 de jan. de 2021
- 1 min de leitura

Muito provavelmente você já ouviu, sobretudo das crianças que estão na hipótese de escrita pré-silábica, afirmações com o raciocínio parecido com dizer: “que as palavras ‘cadeira’ e ‘sofá’ são parecidas porque servem para sentar, ou que ‘trem’ é uma palavra maior que ‘telefone’, porque o ‘trem’ é muito grande” (MORAIS, 2019, p. 40).
Segundo Soares (2017) esses são exemplos de realismo nominal, identificados geralmente em crianças pequenas, antes ou nos momentos iniciais da aprendizagem da escrita, aproximadamente na faixa de 3 a 5 anos. Esses são momentos nos quais as crianças atrelam às palavras as características físicas ou funcionais dos objetos e seres.
Podemos compreender que, ao se prender nos significados das palavras, ao fazerem tais afirmações as crianças acreditam que palavras grandes designam coisas grandes e palavras pequenas designam coisas pequenas, além de, para identificar ou dizer palavras parecidas fonologicamente com outras, respondem com palavras do mesmo campo semântico.
A superação do realismo nominal, fundamental para compreender o sistema alfabético, decorre, em parte, do aumento da idade, mas, sobretudo, da “habilidade cognitiva e linguística de dissociar significante e significado que a criança alcança ao se tornar capaz de dirigir atenção para a cadeia sonora das palavras”. (SOARES, 2017, p. 178).
Referências:
MORAIS, Artur Gomes de. Consciência fonológica na educação infantil e no ciclo de alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019. 1. ed. p. 40.
SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Editora Contexto, 2017. 1. ed. p. 178.
Comments